13/04/2018

Público leitor para Quem eu escrevo

Poema de 14 estrofes

        1) Público Leitor
Quem é o meu Público Leitor?/
É um que, na doce certa,/
quer alguma descoberta/
sobre a paz e o labor;/
quer compreender a dor/
em aspectos variados./
São os corações tocados/
pela sensibilidade./
É uma variedade /
de espíritos muito avançados. 

       2) Grande Público 
Meu grande Público Leitor!/
"és grande, mas não és meu":/ 
és de Quem Te Concebeu/
com vida, luz e amor./
Tens aqui mais um autor/
que não para de pensar./
Se queres prestigiar/
o texto que ele escrever,/
quando o dia amanhecer,/
"tens um blogue para olhar...". 

      3) Espaço na Internet
A Internete já me deu/
brilho, espaço e evidência/ 
com destaque e influência,/ 
cuidando de um blogue meu./ 
Quando digo Quem sou eu¹,/
faço meu Perfil discreto;/
mais adiante, eu o completo/
com outros Blogues e Interesses,/
e meu Arquivo² é um desses/
que tem o "público seleto".

¹Ver coluna à direita (entre as barras). 
²Arquivo do Blog ou Acervo. Clicar em cima do Ano ou Mês para ver umas 180 postagens diferentes.

      4) Quem sou eu 
"Quem sou eu" é uma expressão/
que soa como arrogante./
Mas eu a tornei constante/
na minha apresentação;/
isso tem uma razão,/
que é falar com mais clareza,/
dando ao Público uma certeza/
de que "só eu lhe respondo"/
por tudo que estou compondo/
na humildade e singeleza.

      5) Postagens e bom humor
"Umas duzentas" postagens
diferentes, eu já fiz: 
gente de vários perfis, 
verso e frase com mensagens; 
pensamentos e abordagens — 
tudo é parte do montante.
Não têm corpo* exuberante, 
mas têm expressividade 
para “deixar na saudade 
internauta ou navegante”.  
*corpo da postagem com o seu texto completo.

      6) Desculpa de bom gosto 
Peço desculpa ao Leitor,  
se algum conteúdo meu 
não for de interesse seu 
ou lhe cause mau humor. 
"Cada tema tem valor 
próprio, mas é relativo."  
Somente algum é exclusivo 
de órgãos e personagens; 
outros contêm homenagens 
a Amizades com que privo*. 

*privar com (é um verbo) que tem o sentido de ser estimado, conviver com filho, ter amizade com alguém. Ex.: ele priva com uma conhecida família no meio intelectual. 

      7) Impressão de convite 
Realista ou imaginado,
sai meu poema na tela,
como um astro de novela
sai televisionado.
Só por mim é ensaiado
antes de eu publicar.
Acho bom examinar
"a impressão que se transmite
na beleza do convite
subentendido no ar". 

      8) Forma de convite
Convite ao Público Leitor,
expresso ou implícito, eu faço
na imagem, no espaço,
nas palavras de valor.
Se quero ser escritor,
é dele que me acompanho;
é de quem recebo ou ganho
crítica, elogio ou aplauso
pela impressão que lhe causo:
esse “digníssimo rebanho”. 

      9) Livre-pensador
Cada "leitor meu" parece
um jurado especial
que julga meu festival
pelo qual me enaltece;
ou o meu conceito desce
na sua interpretação.
Diferente opinião!
Mas peço, no julgamento:
livre-arbítrio ao pensamento,
liberdade de expressão!  

        10) Autocrítico de bom humor
O meu Leitor não precisa
ter preocupação comigo,
depois de ler o que eu digo
sobre a minha ojeriza.
“Eu já levei muita pisa
para aprender a viver.”
Mas sei ganhar, sei perder...
E nesse “fogo cruzado”,
fiquei “mal acostumado” —
a não ter: não é a ter!

      11) Tino literário
Quando lê algum escrito,
falando no que ele tem,
começa a pensar também:
"eu bem podia ter dito,
de modo até mais bonito,
o que falou esse autor".
Com reflexo criador,
mexe o corpo e se acalma.
Todo leitor tem na alma
um tino de escritor.

      12) Poesia reluzente
Ilustre público leitor!
És tu a minha plateia,
que sempre espera uma ideia
de bom costume e fulgor.
Quero mostrar meu penhor
de poesia reluzente.
Como ourives ao cliente
lustra corrente de ouro,
vou transformando em tesouro
verso de qualquer corrente.

Nota: as barras no final de cada verso estão fora do padrão da escrita; sua finalidade é facilitar a visão do leitor na legenda de chamada, na postagem da Internet.

      13) Capitalista prático
Escrever em poesia
para quem é pragmático
é um modo pouco prático
sem causar muita magia.
Gente que só vê o dia
com “os olhos do Capital”
não quer valor virtual
nem a verdade abstrata:
quer o cobre, o ouro e a prata
com a nota do Real.

      14) Para quem mais
Meu público leitor é um
de alto nível que já é;
tenho muita boa-fé
de não lhe causar lundum*.
Espero achar mais algum
de gosto e certa dosagem,
que entenda a minha mensagem;
monoglota ou poliglota
que esteja na mesma rota
da minha paz de abordagem.
      *Lundum ou ludu: mau humor (regionalismo).

São 14 décimas em redondilhas "maiores"; contém um pouco de falácia com muito de entusiasmo e idealismo.

      15) Carapuça desqualificada
       (ressalva em estrofe bárbara)
Quem escreve é criticado/
por quem escreve também./
É perseguido por quem/
se sentiu prejudicado:/
foi o “encarapuçado”/
que o escritor nem viu,/
que leu seu mote e saiu,/
"fazendo uma escaramuça,/
vestindo uma carapuça"/
que o autor não lhe serviu;/
gente assim já "se vestiu/
com a roupa suja que fuça".

      Carapuça desqualificada 
      (ressalva em quartetos)
Quem escreve é criticado/
por quem escreve também./
É perseguido por quem/
se sentiu prejudicado:/

foi o “encarapuçado”/
a quem o escritor nem viu,/
quem leu seu mote e saiu,/
"fazendo uma escaramuça",/

"vestindo uma carapuça"/
que o autor não lhe serviu;/
gente assim já "se vestiu/
com a roupa suja que fuça".

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